Dengue

A dengue se trata de uma doença considerada infecciosa febril aguda, sendo transmitida pela picada do mosquito-da-dengue, Aedes aegypti, classificando-o como um arbovírus, e sendo transmitido por um vírus qual pertence à família Flavivirus, gênero Flaviviridae. Possuindo quatro tipos de sorotipos, conhecidos como DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. O vírus é somente transmitido para os seres humanos através da fêmea do mosquito caso ela também esteja infectada com o vírus no momento da picada, podendo causar tanto a dengue normal, quando a dengue gemorrágica.

Teste

O teste da dengue acaba por serem exames físicos e complementares, como por anamnese, onde se é retratado através de dados, como sintomas do paciênte, casos na região, histórico caso já tenha tido a doença, se possui doenças crônicas ou o uso de medicamentos. No quesito físico, é avaliado através dos sintomas normais, como sangramento, dores nas articulações, etc. Nos exames laboratoriais, todos são geralemente feitos através de uma coleta de gangue, entre eles temos:
Pesquisa de antígeno NS1: este por sua vez ajuda no diagnóstico nos primeiros dias, no qual incorpora a detecção do antígeno NS1 em amostras de sangue, e pesquisa a positividade para imunoglobulinas de classe IgG e IgM, simultaneamente.
Sorologia para dengue: Ela por sua vez acaba levando em conta apenas od anticorpos IgG e IgM, também tendo ue ser realizada após o 6 dia de sintomas.
Outros: Pode ser feita através de um hemograma completo graças ás plaquetas de sangue, e sendo sómente em casos mais avançados, ou por um painel metabólico básico também somente em casos graves. saiba mais em: https://angadiagnostica.com.br/como-e-feito-o-diagnostico-da-dengue/#:~:

Dengue no mundo e no Brasil

O Aedes aegypti teve origem na África (provavelmente na região nordeste) e de lá se espalhou para a Ásia e Américas principalmente por transporte marítimo. Provavelmente chegou ao Brasil no século 18 em navios que transportavam escravos (os chamados navios negreiros), pois os ovos do mosquito podem durar até um ano sem entrar em contato com a água. Há referências a epidemias de dengue em 1916 em São Paulo e 1923 em Niteró, ambas sem diagnóstico laboratorial. Em 1955, uma grande campanha da Organização Pan-Americana de Saúde levou à erradicação do A. aegypti no Brasil e em vários outros países americanos. No entanto, a campanha não terminou e o mosquito permaneceu em várias ilhas do mar do Caribe, Guiana, Suriname, Venezuela e sul dos Estados Unidos, voltando a se espalhar.

Em 1963, foi comprovada circulação dos sorotipos DENV-2 e DENV-3 em vários países. No fim da década de 60, o Brasil novamente contava com a presença do vetor em suas principais metrópoles. Em 1967, Leônidas Deane detectou o A. aegypti na cidade de Belém (provavelmente trazido do Caribe em pneus contrabandeados). Em 1974, o mosquito já infestava Salvador, chegando ao Rio de Janeiro novamente no final da década de 70. Em 1977, o sorotipo DENV-1 foi introduzido nas Américas, inicialmente pela Jamaica. A partir de 1980, foram notificadas epidemias em diversos países. A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (Roraima), causada pelos sorotipos DENV-1 e DENV-4. No ano de 1986, com a introdução do sorotipo DENV-1 no Rio de Janeiro, foram registradas epidemias em diversos estados. A introdução dos sorotipos DENV-2 e DENV-3 ocorreu também pelo Rio de Janeiro, em 1990 e 2000 respectivamente. O DENV-3 apresentou rápida dispersão para 24 estados do país no período de 2001-2003. O DENV-4 foi reintroduzido no país em 2010 no estado de Roraima, dali se espalhou para o resto do país. (Dados retirados de: Dengue Fiocruz disponível em: https://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/dengue/ Acesso em: 14, de Março de 2023)

A doença no Brasil apresenta ciclos endêmicos e epidêmicos, com epidemias explosivas ocorrendo a cada 4 ou 5 anos. Desde a introdução do vírus no país (1981) mais de sete milhões de casos já foram notificados. Nos últimos dez anos, têm-se observado, além do elevado número de casos, o aumento da gravidade da doença e, consequentemente, de hospitalizações. Em 1998, a média de internações era de 4/100.000 habitantes; no período de 2000-2010, essas internações passaram a 49.7/100.000 habitantes. Outro aspecto epidemiológico que vem mudando nos últimos cinco anos é a distribuição dos casos de dengue clássica e dengue hemorrágica por faixa etária, antes predominantemente em adultos e, após 2006-2007, com maior incidência em crianças. As maiores epidemias detectadas até o momento ocorreram nos anos de 1998, 2002, 2008, 2010 e 2011. (Dados retirados de: Dengue Fiocruz disponível em: https://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/dengue/ Acesso em: 14, de Março de 2023)

O ano de 2010 foi o mais crítico: aproximadamente um milhão de casos foram notificados. Nos últimos anos, os dados continuam alarmantes. Segundo o Ministério da Saúde, até meados de fevereiro de 2013, foram notificados 204.650 casos de dengue no país, sendo 324 desses registros ocorrências graves da doença e 33 o número de óbitos. Em comparação ao mesmo período em 2012, o aumento de casos notificados foi de 190%, com as regiões Centro-Oeste e Sudeste do país liderando as notificações (79% dos casos registrados no país). No entanto, o houve uma redução considerável de 44% nos registros de casos graves e de 20% no número de óbitos. A análise por unidade federada apontou que 84,6% dos casos estiveram concentrados em oito estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Espirito Santo. Em relação à circulação viral, 52,6 % das analises realizadas foram positivas para o DENV-4. No que se refere à infestação Aedes aegypti, um levantamento realizado em 983 cidades revelou que 267 destas estão em situação de risco para dengue e 487 em alerta. Dentre as capitais, Palmas (TO) e Porto Velho (RO) estão em situação de risco; Belém (PA), Manaus (AM), Rio Branco (AC), Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Recife (PE), Salvador (BA), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO) em alerta. Já Boa Vista (RR), João Pessoa (PB) e Teresina (PI) apresentaram índice satisfatório. Macapá (AP), Rio Branco (AC), Natal (RN), Vitória (ES), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT) estão sem informações; Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) não têm transmissão. (Dados retirados de: Dengue Fiocruz disponível em: https://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/dengue/ Acesso em: 14, de Março de 2023)